sábado, 10 de abril de 2010

MESTRES DO MODERNISMO




Duas crianças - Lasar Segall

A Mostra reúne cerca de 50 obras de artistas fundamentais do Modernismo brasileiro, feitas a partir de 1920. Há trabalhos como "Operários", de Tarsila do Amaral, "Mulheres na Janela", de Di Cavalcanti, "Tropical", de Anita Malfatti, e "O Beijo', de Victor Brecheret. As obras pertencem à Coleção Nemirovsky, aos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo e a outras instituições. Horários: de terça a domingo, das 10h às 18h. A Estação Pinacoteca fica no largo General Osório, 66, Luz. Informações: (11) 3337-0185.

A curadoria está a cargo de Maria Alice Milliet. A Mostra ficará aberta ao público até o dia 30/06/2005.

A exposição "Mestres do Modernismo" inaugurou no dia 31 de agosto com uma expectativa maior que a normal.

Esta animação toda está baseada em três motivos importantes para a cultura do país :ela concretiza o comodato, por cinco anos renováveis, de 200 obras do acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky, que reúne algumas das mais expressivas obras do modernismo brasileiro, como "Antropofagia" (1929) de Tarsila do Amaral.

Em segundo lugar, "Mestres do Modernismo" retrata a primeira fase do modernismo brasileiro, dos anos 20 e 30, numa exposição de longa duração (vai ficar um ano em cartaz), dando acesso a um conjunto didático jamais visto anteriormente.

Finalmente, com a exposição, os quatro andares da nova filial da Pinacoteca serão ocupados por inteiro.

"Apresentamos aqui um panorama único, que demonstra a diversidade da produção dos modernistas brasileiros, com obras de grande qualidade, reunidas principalmente a partir da coleção Nemirovsky, mas também com obras do acervo do Estado", afirma Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca.

O melhor exemplo é Tarsila do Amaral (1886-1973). A artista comparece com cinco obras, de todas as fases pelas quais passou. Entre as mais significativas estão: "Antropofagia", realizada em sintonia com o "Manifesto Antropófago", publicado em 1928, de Oswald de Andrade, é a obra mais valiosa da exposição e representa a fase antropofágica da artista; "Carnaval em Madureira" (1924), da fase pau-brasil, que tratou de questões da identidade do país, e também pertence à coleção Nemirovsky; e "Operários" (1933), da fase social, do acervo do Governo do Estado.


Antropofagia-Tarsila do Amaral

A mostra tem por base a coleção criada pelo médico José Nemirovsky (1914-1987), artista, que, nos anos 60, comprou parte de suas obras, quando os preços de modernistas eram ainda acessíveis. Estima-se, por exemplo, em mais de US$ 1,5 milhão o valor de "Antropofagia", hoje.

"Tudo que o Dr. Nemirovsky comprou é importante. Não se trata de uma coleção de quantidade, mas de qualidade. Por este motivo, a mostra não tem um efeito fugaz, ela é o sonho de todos que gostamos da arte brasileira", conta Maria Alice Milliet, curadora da exposição e da Fundação Nemirovsky.

A mostra apresenta, em média, três obras de cada um dos 12 artistas selecionados. Estão lá trabalhos de Anita Malfatti, Victor Brecheret e Lasar Segall, além de "artistas que não se enquadram no modernismo nacionalista da primeira fase", segundo Araújo, como Ismael Nery, Flávio de Carvalho e Vicente do Rego Monteiro.

A orientação didática é outra marca: há uma linha do tempo com os principais fatos dos anos 20 e 30, vídeos com documentários de época, e maquetes de edifícios projetados por Gregori Warchavchik e Flávio de Carvalho.

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